segunda-feira, 16 de abril de 2012

Finalmente nos livramos do Windows 95

Esse texto só será plenamente compreendido pelos "dinossauros" que acompanharam a evolução dos sistemas operacionais informáticos pelos últimos 20 anos, pois ele resgata uma experiência muito antiga: o uso da primeira versão amplamente popularizada do Windows, o 3.1 .

Vi um computador pela primeira vez aos 7 anos. Tela de "matriz verde" (não, os primeiros monitores não eram coloridos), sistema operacional DOS, sequer tinha Windows. O primeiro computador q eu tive, com uns 10 anos, era um 486 com Windows 3.1 e eu o adorava. Ao ligá-lo, rodava o DOS, era preciso saber algo sobre comandos sequer para abrir o Windows. Não tinha internet, acho q na época (1993) ou não tinha internet no Brasil ainda ou seu preço era proibitivo (me lembro q o primeiro sinal de "provedor de internet grátis" no Brasil só apareceu em 2000).

E foi justamente do Windows 3.1 q me lembrei ao comprar um iPad. Muitos dos conceitos postos em prática na interface gráfica do iOs estavam presentes no Windows 3.1 e foram abolidos na versão de 1995.

Quando instalei essa versão no meu PC minha primeira reação foi: "Odiei. Dá pra voltar pro 3.1?" Não dava. Se eu mantivesse a versão 3.1 teria q abrir mão de instalar jogos e softwares feitos para a nova versão, e ficaria "parada no tempo", o q em computação é o equivalente ao suicídio. A principal diferença entre as 2 versões era q o novo Windows não mais atendia ao conceito de "janelas" (windows) de navegação, substituídas pelo famigerado "botão iniciar" que abre pastas e subpastas de programas, divididos por categorias, com pouca liberdade de configuração personalizada.

No paradigma gráfico das versões do Microsoft Windows entre o 95 e o 7, era muito fácil instalar um programa e nunca mais conseguir encontrá-lo, perdido nas subpastas cuja lógica era meio incompreensível ao "consumidor final". A facilidade q tínhamos no 3.1 foi resgatada no iOs e agora no Windows 8.

Todas as versões do Windows entre o 3.1 e o 7 pressupõem q o usuário tenha certa destreza no ambiente computacional, saiba fazer certas configurações, saiba bem quando clicar em "OK" ou em "Cancelar" ao ponto de ser relativamente fácil um leigo só clicando em OK após OK desconfigurar completamente seu computador.

Esse problema está sendo progressivamente sanado nas novas versões ao ponto de q hj crianças analfabetas e até animais de estimação podem fazer uso das mais recentes traquitanas tecnológicas. Nesse ponto deve ser dito q, enquanto os Computadores Pessoais com sistema operacional Windows até a versão 7 se propõem claramente a ser um "instrumento de trabalho", o iPad mais parece um brinquedo. Não é possível nele q um leigo só clicando em OK's desconfigure seu sistema completamente. O iPad não pressupõe nenhum conhecimento prévio de tecnologia do seu consumidor. Até agora não é possível se apoiar no tablet como único equipamento informático pois ele não possibilita acesso a várias funções essenciais q usamos em nosso dia a dia. Editar documentos, projetar sites e blogs, dar upload em fotos, tudo que é "meio sério" q se faz num computador é infinitamente mais difícil, ou impossível, de se realizar num tablet.

Mas sua inovação, ou "resgate" na forma de organização gráfica dos softwares, ou apps, não deve ser descartada, e inclusive foi copiada na versão do Windows 8. A informática segue construindo seu caminho meio trôpega, nem sempre acertando nas "novidades". Mas agora posso dizer q por 15 anos odiei os Windows derivados da versão 95, e agora voltei a me sentir confortável com o display dos recursos q tenho em minha "traquitana" (gadget).

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