Meu amor
O que você faria se só te restasse um dia?
Se o mundo fosse acabar
Me diz o que você faria
Ia manter sua agenda
De almoço, hora, apatia
Ou esperar os seus amigos
Na sua sala vazia
Meu amor
O que você faria se só te restasse um dia?
Se o mundo fosse acabar
Me diz o que você faria
Corria prum shopping center
Ou para uma academia
Pra se esquecer que não dá tempo
Pro tempo que já se perdia
Meu amor
O que você faria se só te restasse esse dia
Se o mundo fosse acabar
Me diz, o que você faria
Andava pelado na chuva
Corria no meio da rua
Entrava de roupa no mar
Trepava sem camisinha
Meu amor
O que você faria?
O que você faria?
Abria a porta do hospício
Trancava a da delegacia
Dinamitava o meu carro
Parava o tráfego e ria
Meu amor
O que você faria se só te restasse esse dia?
Se o mundo fosse acabar
Me diz o que você faria
Meu amor
O que você faria se só te restasse esse dia?
Se o mundo fosse acabar
Me diz o que você faria
Me diz o que você faria
Me diz o que você faria...
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quinta-feira, 20 de dezembro de 2012
terça-feira, 18 de dezembro de 2012
Lista verificada com mais de 200 celebridades no Instagram
Abaixo vão listados artistas, celebridades, jornalistas, atores, cantores, dançarinos, modelos, fotógrafos, escritores, famosos e formadores de opinião, do Brasil e do exterior.
Tentei ao máximo verificar se os perfis pertencem de fato às celebridades, caso alguém identifique um perfil falso, ou de fã, por favor avise.
Quem ficar com curiosidade de conferir, meu Instagram é @fernandazero
Moda
Sapatos
@louboutinworld - Louboutin, sapatos
@lillysworld -Lilly's World, sapatos
Jornalismo de moda
@_efashionpolice - Fashion Police on E!, programa de TV sobre moda
@modaestadao - suplemento de Moda Estadão
@glamurama - Glamurama, site de celebridades
@voguebrasil - Vogue Brasil, revista
@ericapalomino - Érica Palomino, jornalista
@joycepascowitch - Joyce Pascowitch, jornalista
Divulgação
@modaalternativa - Moda Alternativa
@figurinomtv - Figurino MTV Brasil
@quetattooloca - Que Tattoo Lôca
@camiseteria - Camiseteria
Estilistas
@stellamccartney - Stella McCartney, estilista
@herchcovitch - Alexandre Herchcovitch, estilista
@lebronstein - Lethicia Bronstein, estilista
@marthamedeirosmoda - Martha Medeiros, estilista
@lojaflaviaaranha - Flávia Aranha, estilista
@jackvartanian - Jack Vartanian, joalheiro
@cavalera - Cavalera, grife alternativa
@tufiduek - Tufi Duek, estilista
@dolcegabbanaofficial - Dolce & Gabbana oficial
@stefanogabbana - Stefano Gabbana, estilista
@reinaldolourenco - Reinaldo Lourenço
@constanzapascolatos2g - Constanza Pascolato
@marcelosommer - Marcelo Sommer
Fotógrafos e produtores de moda
@andreschiliro - André Schiliró, fotógrafo
@priborgonovi - Priscila Borgonovi, produtora de moda, ex mulher de Fábio Assunção
@torquatto - Alexandre Torquato, fotógrafo
@bobwolfenson - Bob Wolfenson, fotógrafo
@mbiaggi - Marco Antonio di Biaggi, cabeleireiro
@ckamura - Celso Kamura, cabeleireiro
Modelos
@iza_goulart - Izabel Goulart, modelo
@fernandamotta1 - Fernanda Motta, modelo
@ammichels - Ana Cláudia Michels, modelo
@lucurtis - Luciana Curtis, modelo
@leacerezo - Lea T, modelo
@anneschoenberger - Anne Schoenberger, modelo
@anabbofficial - Ana Beatriz Barros, modelo
@trentinireal - Carol Trentini, modelo
@renatakuerten - Renata Kuerten, modelo
@yasminbrunet1 - Yasmin Brunet, modelo
@chanelimanxoxo - Chanel Iman, modelo
@giseleofficial - Gisele Bündchen, modelo
@cassiaavila - Cássia Ávila, modelo
@mariweickert - Mariana Weickert, modelo
@candiceswanepoel - Candice Swanepoel
@cabitten - Caroline Bittencourt
*Jornalismo
@istoegente - Istoé Gente, revista de celebridades
@quemacontece - Quem Acontece, revista de celebridades
@tocontigo - Contigo!, revista de celebridades
@eonline - E! online
@tvcultura - TV Cultura
@technoblog - Techno Blog
@olhardigital - Olhar Digital
@huffingtonpost - The Huffington Post
@cnnireport - CNN Report
@wired - Wired magazine
@estadaoacervo - Acervo Estadão
@mashable - Mashable
@viagemestadao - Suplemento de Viagem Estadão
@estadao - jornal "O Estado de São Paulo", Estadão
@jornaloglobo - Jornal "O Globo"
@linkestadao - Suplemento de informática, Link Estadão
@bgancia - Bárbara Gancia, jornalista
@hugogloss - Hugo Gloss, jornalista de celebridades
@deiacorazza - Andréia Corazza, jornalista de celebridades
@franklindavid - Franklin David, repórter de celebridades
@monica_bergamo - Monica Bérgamo, jornalista
@_leo_dias - Léo Dias
@mariliagabrielaoriginal - Marília Gabriela
@fabianascaranzioficial - Fabiana Scaranzi
@fabioramalho - Fábio Ramalho
@fbreal - Fátima Bernardes
*Personalidades variadas
Política
@barackobama - Barack Obama, político
@marcelofreixo - Marcelo Freixo, político
@jeanwyllys_real - Jean Wyllys, deputado federal e ex-vencedor do BBB
Sociedade
@narcisat - Narcisa Tamborindeguy, empresária e socialite
@victoroliva - Victor Oliva, empresário
@alicinhacavalcanti - Alicinha Cavalcanti, socialite
@les3maries - Bia Anthony, ex- esposa de Ronaldo Fenômeno
@helenabordon - Helena (Heleninha) de Bordon, socialite
@lucasjagger - Lucas Morad Jagger
*Música (e similares)
MPB
@falacaetano - Caetano Veloso
@floragil2222 - Flora Gil, esposa de Gilberto Gil
@gilbertogil - Gilberto Gil
@pretagil - Preta Gil
@mariagadu - Maria Gadú, mpb
@marisamonte - Marisa Monte, mpb
@paulinhomoska - Paulinho Moska, mpb
@vanessadamata - Vanessa da Mata, mpb
@robertasaoficial - Roberta Sá, cantora de MPB
@bebelgilberto - Bebel Gilberto, MPB
@galcosta - Gal Costa
@clarafalcao - Clarice Falcão
Samba, Axé, Pagode e Funk
@veveta - Ivete Sangalo, axé
@danielamercury - Daniela Mercury, cantora de Axé
@oleosantana - Léo Santana, vocalista do Parangolé, axé
@claudinhaleitte - Cláudia Leitte, Axé
@alinne_rosa - Alinne Rosa, axé
@marii_antunes - Mari Antunes, vocalista do Babado Novo, axé
@bcbrunocardoso - Bruno Cardoso, vocalista do Sorriso Maroto
@_tomate - Fabrício "Tomate" Cardoso Kraychete, cantor de axé
@psirico - Márcio Victor da banda Psirico
@sigarodriguinho - Rodriguinho, cantor de pagode
@thbarbosa - Thiaguinho, cantor de pagode
@tnalia - Mart'Nália, samba
@triopreto1 - Trio Preto +1, samba
@naldonaveia - Naldo Benny, cantor
@zecapagodinhooficial - Zeca Pagodinho, cantor de samba e pagode
@bandauo - Banda Uó
@euanitta - MC Anitta, cantora de funk
@gabyamarantos - Gaby Amarantos
@alexandrepires_ - Alexandre Pires, cantor romântico
@cantorbelo - Belo, cantor
@fariapericles - Péricles Faria
@cantordiogonogueira - Diogo Nogueira, samba
@arlindocruzobem - Arlindo Cruz, samba
@lesapuca - Leandro Sapucahy
Internacionais
@badgalriri - Rihanna, pop
@taylorswift - Taylor Swift, country pop
@katyperry - Katy Perry, pop
@franz_ferdinand - Franz Ferdinand
@mtv - MTV americana
@lanadelrey - Lana del Rey, pop
@psy_oppa - Psy, rapper coreano
@justinbieber - Justin Bieber, cantor
@foofighters - Foo Fighters, banda de rock americana
@paramore - Paramore, banda americana
@ritaora - Rita Ora, pop
@ladygaga - Lady Gaga, pop
@carrieunderwood - Carrie Underwood, cantora country
@keithurban - Keith Urban, cantor country
@ddlovato - Demi Lovato, pop
@30secondstomars - 30 Seconds to Mars, banda de rock
@aliciakeys - Alicia Keys, cantora e pianista
@beyonce - Beyoncé Knowles, cantora
@mileycyrus - Miley Cyrus
Rock brasileiro
@patofu - Pato Fu, rock brazuca
@fernandatakai - Fernanda Takai, vocalista do Pato Fu
@litaree_real - Rita Lee
@criolomc - Criolo, rapper
@digaoraimundos - Digão, da banda Raimundos, rock
@babysucessos - Baby do Brasil, ou Baby Consuelo, cantora
@pedrobaby1 - Pedro Baby, músico
@orappa - O Rappa
@nandoreis - Nando Reis, do "Titãs"
Pop e sertanejo
@wanessaoficial - Wanessa Camargo, pop
@sandyoficial - Sandy Leah, pop
@camargoluciano - Luciano di Camargo, sertanejo
@micheltelo - Michel Teló, sertanejo
@gusttavolimacantor - Gusttavo Lima, sertanejo
@mariano_mm - Mariano, cantor da dupla Mateus & Mariano
@luansantana - Luan Santana
@euanitta - Anitta, cantora
@djzepedro - DJ Zé Pedro
@hugopena_cantor - Hugo Pena, sertanejo
@ferrerodi - Diego "Di" Ferrero, vocalista do NXZero
* Atores, atrizes e personalidades da TV
Diretores e dramaturgos
@walcyrcarrasco - Walcyr Carrasco dramaturgo e novelista
@gloriafp - Glória Peres, dramaturga e novelista
@boninho - José Bonifácio Oliveira Sobrinho, o "Boninho", diretor de TV
@fernanda_young - Fernanda Young
Atrizes e apresentadoras
@kastingcarolina - Carolina Kasting
@thailaayala - Thaila Ayala
@marisolribeiro - Marisol Ribeiro, atriz
@guilhermina - Guilhermina Guinle, atriz
@danisuzuki - Danielle Suzuki, atriz e apresentadora
@astridfontenelle - Astrid Fontenelle
@lumell - Luísa Mel, apresentadora
@palomabernardi - Paloma Bernardi
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@gmreal - Glória Maria, apresentadora e jornalista
@mafecandido - Maria Fernanda Cândido
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@gioanto - Giovanna Antonelli, atriz
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@xuxamenegheloficial - Xuxa Meneghel, apresentadora
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@thammymiranda - Thammy Miranda, atriz
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Artistas internacionais
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* Arte, fotografia e culinária
@osgemeos - OsGêmeos Otávio e Gustavo Pandolfo, grafiteiros
@mijaresart - Alexander Mijares, artista
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*Variados
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@naosalvo - Personalidade humorística da internet
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@cariocadelegado - Carioca do Pânico na TV, humorista
@amandaramal - Amanda do Pânico na TV, humorista
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@programapanico - Pânico na TV
@instapanico - Pânico no Instagram
@marcelomansfield - Marcelo Mansfield
@tomcavalcante1 - Tom Cavalcante
@marcelobolinha - Marcelo "Bolinha" do Pânico na TV
@dilmabolada - Dilma Bolada, perfil fake da presidenta Dilma Rousseff
@ingridguimaraesoficial - Ingrid Guimarães
@leolins_ - Léo Lins
@paulogustavo31 - Paulo Gustavo Barros
*Esporte
@emmofittipaldi - Émerson Fittipaldi, piloto
@realroyce - Royce Gracie, lutador
@radamesmartins - Radamés Martins, jogador de futebol
@ronaldolima - Ronaldo Nazário de Lima, o Fenômeno
@pedroscooby - Pedro Scooby, surfista, e marido de Luana Piovani
@biaebrancaferes - Bia e Branca Feres, as gêmeas do nado sincronizado
@njunior11 - Neymar Júnior, jogador de futebol
@jdscigano - Júnior dos Santos "Cigano", wrestler (lutador)
@alexandrepato_7 - Alexandre Pato, jogador de futebol
@ryanlochte - Ryan Lochte, nadador olímpico americano
@fabiogurgel - Fábio Gurgel, lutador de jiu-jitsu brasileiro
@demianmaia - Demian Maia, lutador
@popobueno - Popó Bueno, piloto
@hulkparaiba - Givanildo V. de Sousa, o Hulk, jogador de futebol
@kaka - Ricardo "Kaká", jogador de futebol
@davidluiz_4 - David Luiz, jogador de futebol
@bruninho1 - Bruno Rezende, jogador de vôlei
@thiagosilva_33 - Thiago Silva, jogador de futebol
@hortenciamarcari - Hortência, ex jogadora de basquete
@juliocesaroficial - Júlio César, goleiro de futebol
*Causas animais
@procuracachorro - Procura Cachorro (perdido)
@procurasecachorro - Procura-se Cachorro (perdido)
@googledog
@celeb_viralata - Celebridade Viralata
@amparoanimal - Amparo Animal
@cantinhoanimal - Cantinho Animal
@adoteumgatinho - Adote um Gatinho
@clubedosviralatas - Clube dos Viralatas
@patinhasonline - Patinhas online
@instadogsbrasil - Instadogs Brasil
@richard_kitty - Gato com heterocromia (um olho de cada cor)
@finnaeus
@samhaseyebrows - Gatinho de sobrancelhas expressivas
@wickedclaudicat
@venustwofacecat - Venus, gato quimérico (2 gatos em 1)
@dogartbr - Dog Art Br
@focinhoabandonado - Focinho Abandonado
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sexta-feira, 14 de dezembro de 2012
Do Instagram
A Internet é feita de tentativa e erro. Do q "pega", vira "trendy" e ganha popularidade. Não temos, de antemão, o ponto aonde devemos chegar, as formas definitivas q as coisas devem tomar, em quais sites e aplicativos estamos investindo (pois vão durar) e em quais estamos desperdiçando nosso tempo (pois vão cair em desuso ou ser descontinuados).
Antes de 2004 a internet era muito "anônima". Era necessário individualmente procurar pelas coisas, imagens e assuntos q já eram de nosso interesse a priori. Era possível criar páginas gratuitas, blogs e fotologs, mas sua divulgação era muito precária, sendo necessário mandar os links para nossos amigos por e-mail, e contar com sua boa vontade para abrir um link sem nenhum gráfico anexo.
Com as recém-inventadas câmeras fotográficas digitais, registrávamos dezenas de fotos, e para compartilhá-las era necessário atachá-las a um e-mail, criar uma mailing list e torcer para os arquivos não excederem a capacidade de armazenamento de cada caixa de mensagem.
Quando o Orkut foi criado, em 2004, começaram as "redes sociais". Nesta época era possível dar upload a apenas 12 fotos. Com este pequeno limite trocávamos sempre as fotos, substituindo as antigas pelas novas. Com o tempo as condições de armazenamento melhoraram e possibilitaram a criação de vários álbuns, com número ilimitado de fotos.
Na transição para o Facebook, com o ocaso do Orkut, essas fotos foram transferidas. Mas ainda assim, publicar fotos de festas, amigos e familiares não supre toda a nossa necessidade de "mostrar a todos nossa visão de mundo", como se fazia num fotolog (blog composto de fotos e imagens).
Parecia meio bobo publicar no Facebook fotos aleatórias, de coisas q achávamos bonitinhas, curiosas ou interessantes. Exercitar nosso lado "fotógrafo amador".
Para preencher este vácuo surgiu o Instagram. Simples e fácil, integrado ao Facebook, Twitter, Foursquare e outras redes sociais. Oferecia um formato quadrado inovador, filtros e recursos "desencanados" para "dar uma mexidinha" nas fotos para q tivessem aparência "mais artística". Sucesso global imediato. Na sua esteira surgiram dezenas de apps complementares, q ofereciam outros filtros, distorções, sombras, molduras, colagens, adição de textos e geração de hashtags para maior número de "likes" e melhor publicidade para nossos instantâneos.
Agora, não somente era possível ver uma coisa legalzinha, tirar uma foto e mostrar pros amigos, mas tb divulgar isso globalmente, interagir com pessoas de todos os continentes, e tb criar uma certa forma de "narrativa pictórica" do nosso cotidiano.
Comecei a usar e logo caí na primeira tentação de um instagrammer, ou iger: fotos de comida. Um amigo querido já me perguntou pessoalmente, com toda a sinceridade e nenhuma maldade "pq as pessoas ficam tirando foto de comida???"
Respondi-lhe q há 2 "vertentes" nessas fotos culinárias. A primeira se a pessoa está num restaurante: é justamente se "exibir", mostrar para todo mundo q sai e paga por comidas caras e bonitas. A segunda, se foi a própria pessoa q cozinhou, tb é de se exibir, mas de outra forma: mostrar um saber, uma coisa legal q é capaz de fazer, dar uma opção de refeição q seus amigos serão capazes de reproduzir em casa. Mas em ambas as vertentes, fica subjacente à foto o pensamento "olha a coisa linda q estou prestes a destruir!". De certa forma imortalizando uma arte efêmera.
Mas não só de fotos de comida é feito o Instagram. Acompanho mais de 2 centenas de pessoas e aos poucos percebi q alguns temas gerais do usuário do Instagram vão se delineando. E como ao acompanhar esses feeds era possível ter uma idéia da "visão de mundo" de cada um, as coisas q enxerga diante de si, o q considera bonito, o q vale registrar, o q deseja imortalizar, do q tem orgulho e quer mostrar. Era possível, vendo o Instagram das pessoas, ter um certo "inside view" do q cada um enxerga no mundo, da leitura particular q cada um faz de seu cotidiano.
A seguir listarei alguns desses perfis gerais, a partir de minha observação particular do uso q as pessoas q sigo fazem do Instagram. Obviamente, como tudo q envolve humanos, essas classificações não são estanques. Nada impede alguém com o perfil "eu sou meu mundo inteiro" de postar uma causa caritativa, ou alguém com o perfil "tabacaria" postar uma foto no estilo "onde está Wally".
Divirtam-se!
1 - Diário virtual pictórico.
Me incluo nesse. As fotos são variadas e genéricas, de: comida, amigos, prédios, arte, causas, crianças, coisas engraçadinhas ou abstratas, flores. Não só "anônimos" têm este tipo de perfil. Muitas celebridades seguras o suficiente usam o Instagram para dar a seus fãs pequenos agrados na forma de fotos espontâneas, familiares, clicadas pelo próprio artista em sua intimidade e avidamente comentadas por seus admiradores. O IG é um espaço único para fotos q não teriam lugar na divulgação profissional destes artistas, mas q são muito preciosas para os fãs.
2 - Eu quero ser artista
As fotos têm certa pretensão de "densidade reflexiva", ou fotos de coisas banais descritas por frases "filosóficas", fotos do teto, desfocadas, com multiplicidade de ângulos inusitados dizendo "quero exibir meus talentos de fotógrafo adquiridos naquele curso online", de si próprio de viés e "cara de intelectual atormentado", de utensílios vazios, coisas sujas e usadas. O efeito às vezes é de hilaridade não-intencional. Depois q vc vê a enésima auto-foto da mesma pessoa fazendo "cara de conteúdo" não há como não achar tudo isso meio ridículo...
3 - Eu sou meu mundo inteiro
Narcisismo total. 90% do feed são auto-fotos obviamente, de si mesmo, muitas vezes exibindo a maçãzinha do iPhone. Muitas fotos tiradas pelo espelho, às vezes em banheiros públicos, frequentemente em baladas, com outras pessoas jogando o cabelo, fazendo pose e "biquinho". Muitas adolescentes extrapolam na sensualidade. Muitas pessoas tiram foto todo dia para exibir seu guarda-roupa, maquiagem e penteado. Diariamente, para mostrar q são fashionistas.
4 - Onde está Wally?
Pontos turísticos, placas e meios de transporte são os temas principais. Muitas fotos de aeroporto, da janela do avião, de restaurantes e hotéis chiques, de dentro do carro, mostrando trânsito, faróis e túneis.
5 - Tabacaria
Fotos repetidas da mesma paisagem, frequentemente da janela do quarto, com comentários sobre as condições atmosféricas, as estrelas, o pôr do sol. O q salta aos olhos é a repetição: inúmeras fotos quase idênticas, com o boletim meteorológico do momento...
6 - Quero divulgar meu trabalho
Nem só de "bobagens" é feito o Instagram. Muitos profissionais o usam para ficar mais conhecidos, e pseudo-celebridades para tentar tirar o pseudo. Modelos, atores, estilistas, fotógrafos, culinaristas, artesãos, dançarinos, apresentadores, jornalistas já descobriram no "Insta" uma plataforma de trabalho. Sabem usar hashtags, tomam cuidado com a iluminação, postam fotos com certo cuidado profissional.
Gostaram? Concordam? Discordam? Qual é a leitura q vcs fazem do Instagram?
Quem ficou curioso para ver minhas fotos mas não usa o aplicativo, pode ver as fotos aqui: http://instagram.com/fernandazero Quem quiser me seguir, sou @fernandazero !
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Antes de 2004 a internet era muito "anônima". Era necessário individualmente procurar pelas coisas, imagens e assuntos q já eram de nosso interesse a priori. Era possível criar páginas gratuitas, blogs e fotologs, mas sua divulgação era muito precária, sendo necessário mandar os links para nossos amigos por e-mail, e contar com sua boa vontade para abrir um link sem nenhum gráfico anexo.
Com as recém-inventadas câmeras fotográficas digitais, registrávamos dezenas de fotos, e para compartilhá-las era necessário atachá-las a um e-mail, criar uma mailing list e torcer para os arquivos não excederem a capacidade de armazenamento de cada caixa de mensagem.
Quando o Orkut foi criado, em 2004, começaram as "redes sociais". Nesta época era possível dar upload a apenas 12 fotos. Com este pequeno limite trocávamos sempre as fotos, substituindo as antigas pelas novas. Com o tempo as condições de armazenamento melhoraram e possibilitaram a criação de vários álbuns, com número ilimitado de fotos.
Na transição para o Facebook, com o ocaso do Orkut, essas fotos foram transferidas. Mas ainda assim, publicar fotos de festas, amigos e familiares não supre toda a nossa necessidade de "mostrar a todos nossa visão de mundo", como se fazia num fotolog (blog composto de fotos e imagens).
Parecia meio bobo publicar no Facebook fotos aleatórias, de coisas q achávamos bonitinhas, curiosas ou interessantes. Exercitar nosso lado "fotógrafo amador".
Para preencher este vácuo surgiu o Instagram. Simples e fácil, integrado ao Facebook, Twitter, Foursquare e outras redes sociais. Oferecia um formato quadrado inovador, filtros e recursos "desencanados" para "dar uma mexidinha" nas fotos para q tivessem aparência "mais artística". Sucesso global imediato. Na sua esteira surgiram dezenas de apps complementares, q ofereciam outros filtros, distorções, sombras, molduras, colagens, adição de textos e geração de hashtags para maior número de "likes" e melhor publicidade para nossos instantâneos.
Agora, não somente era possível ver uma coisa legalzinha, tirar uma foto e mostrar pros amigos, mas tb divulgar isso globalmente, interagir com pessoas de todos os continentes, e tb criar uma certa forma de "narrativa pictórica" do nosso cotidiano.
Comecei a usar e logo caí na primeira tentação de um instagrammer, ou iger: fotos de comida. Um amigo querido já me perguntou pessoalmente, com toda a sinceridade e nenhuma maldade "pq as pessoas ficam tirando foto de comida???"
Respondi-lhe q há 2 "vertentes" nessas fotos culinárias. A primeira se a pessoa está num restaurante: é justamente se "exibir", mostrar para todo mundo q sai e paga por comidas caras e bonitas. A segunda, se foi a própria pessoa q cozinhou, tb é de se exibir, mas de outra forma: mostrar um saber, uma coisa legal q é capaz de fazer, dar uma opção de refeição q seus amigos serão capazes de reproduzir em casa. Mas em ambas as vertentes, fica subjacente à foto o pensamento "olha a coisa linda q estou prestes a destruir!". De certa forma imortalizando uma arte efêmera.
Mas não só de fotos de comida é feito o Instagram. Acompanho mais de 2 centenas de pessoas e aos poucos percebi q alguns temas gerais do usuário do Instagram vão se delineando. E como ao acompanhar esses feeds era possível ter uma idéia da "visão de mundo" de cada um, as coisas q enxerga diante de si, o q considera bonito, o q vale registrar, o q deseja imortalizar, do q tem orgulho e quer mostrar. Era possível, vendo o Instagram das pessoas, ter um certo "inside view" do q cada um enxerga no mundo, da leitura particular q cada um faz de seu cotidiano.
A seguir listarei alguns desses perfis gerais, a partir de minha observação particular do uso q as pessoas q sigo fazem do Instagram. Obviamente, como tudo q envolve humanos, essas classificações não são estanques. Nada impede alguém com o perfil "eu sou meu mundo inteiro" de postar uma causa caritativa, ou alguém com o perfil "tabacaria" postar uma foto no estilo "onde está Wally".
Divirtam-se!
1 - Diário virtual pictórico.
Me incluo nesse. As fotos são variadas e genéricas, de: comida, amigos, prédios, arte, causas, crianças, coisas engraçadinhas ou abstratas, flores. Não só "anônimos" têm este tipo de perfil. Muitas celebridades seguras o suficiente usam o Instagram para dar a seus fãs pequenos agrados na forma de fotos espontâneas, familiares, clicadas pelo próprio artista em sua intimidade e avidamente comentadas por seus admiradores. O IG é um espaço único para fotos q não teriam lugar na divulgação profissional destes artistas, mas q são muito preciosas para os fãs.
2 - Eu quero ser artista
As fotos têm certa pretensão de "densidade reflexiva", ou fotos de coisas banais descritas por frases "filosóficas", fotos do teto, desfocadas, com multiplicidade de ângulos inusitados dizendo "quero exibir meus talentos de fotógrafo adquiridos naquele curso online", de si próprio de viés e "cara de intelectual atormentado", de utensílios vazios, coisas sujas e usadas. O efeito às vezes é de hilaridade não-intencional. Depois q vc vê a enésima auto-foto da mesma pessoa fazendo "cara de conteúdo" não há como não achar tudo isso meio ridículo...
3 - Eu sou meu mundo inteiro
Narcisismo total. 90% do feed são auto-fotos obviamente, de si mesmo, muitas vezes exibindo a maçãzinha do iPhone. Muitas fotos tiradas pelo espelho, às vezes em banheiros públicos, frequentemente em baladas, com outras pessoas jogando o cabelo, fazendo pose e "biquinho". Muitas adolescentes extrapolam na sensualidade. Muitas pessoas tiram foto todo dia para exibir seu guarda-roupa, maquiagem e penteado. Diariamente, para mostrar q são fashionistas.
4 - Onde está Wally?
Pontos turísticos, placas e meios de transporte são os temas principais. Muitas fotos de aeroporto, da janela do avião, de restaurantes e hotéis chiques, de dentro do carro, mostrando trânsito, faróis e túneis.
5 - Tabacaria
Fotos repetidas da mesma paisagem, frequentemente da janela do quarto, com comentários sobre as condições atmosféricas, as estrelas, o pôr do sol. O q salta aos olhos é a repetição: inúmeras fotos quase idênticas, com o boletim meteorológico do momento...
6 - Quero divulgar meu trabalho
Nem só de "bobagens" é feito o Instagram. Muitos profissionais o usam para ficar mais conhecidos, e pseudo-celebridades para tentar tirar o pseudo. Modelos, atores, estilistas, fotógrafos, culinaristas, artesãos, dançarinos, apresentadores, jornalistas já descobriram no "Insta" uma plataforma de trabalho. Sabem usar hashtags, tomam cuidado com a iluminação, postam fotos com certo cuidado profissional.
Gostaram? Concordam? Discordam? Qual é a leitura q vcs fazem do Instagram?
Quem ficou curioso para ver minhas fotos mas não usa o aplicativo, pode ver as fotos aqui: http://instagram.com/fernandazero Quem quiser me seguir, sou @fernandazero !
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domingo, 9 de dezembro de 2012
Testamento e propriedade de copyrights
Declaração de propriedade intelectual e posse de direitos autorais
Em resposta às diretrizes de privacidade e direitos autorais do Facebook, Google, Blogger, Twitter, Instagram e/ou qquer rede social ou site do qual participe, venho por meio desta declarar que são meus os direitos autorais sobre todos os meus detalhes pessoais, escritos - publicados ou não, pessoais ou profissionais, fotos ou vídeos e afins (conforme a convenção de Berna). Para uso comercial do supracitado é necessário meu consentimento por escrito em cada ocasião. Pelo presente comunicado notifico ao Facebook, Google, Blogger, Twitter, Instagram e/ou qquer rede social ou site do qual participe, que estão proibidos de divulgar, copiar, distribuir, disseminar, ou tomar qualquer atitude contrária a mim com base neste perfil e seu conteúdo. As ações proibidas supracitadas também se aplicam a funcionários, estudantes, agentes ou qualquer empregado sob a direção ou controle do Facebook, Google, Blogger, Twitter, Instagram e/ou qquer rede social ou site do qual participe. O conteúdo de todos os meus perfis, feeds, blogs e sites é privado e suas informações são confidenciais. A violação da minha privacidade é punível pela lei (UCC 1 1-308-308 1-103 e no Estatuto de Roma).
In response to all privacy and copyright guidelines of Facebook, Google, Blogger, Twitter, Instagram and/or any social network or website in wich I take part, I hereby declare that my copyright is attached to all of my personal details, writing - published and unpublished, personal/professional photos and videos, etc. (as a result of the Berne Convention). For commercial use of the above my written consent is needed at all times! By the present communiqué, I notify Facebook, Google, Blogger, Twitter, and/or any social network or website in wich I take part, that it is strictly forbidden to disclose, copy, distribute, disseminate, or take any other action against me on the basis of this profile and/or its contents. The aforementioned prohibited actions also apply to all employees, students, agents and/or any staff under Facebook's, Google's, Blogger's, Twitter's, Instagram's and/or any social network or website in wich I take part, direction or control. The content of all my profiles, feeds, blogs and sites is private and confidential information. The violation of my privacy is punished by law (UCC 1 1-308-308 1-103 and the Rome Statute).
--------------
Disposições para a ocasião de meu falecimento (Testamento e doação de órgãos).
Eu, Fernanda Ramos, brasileira, solteira, professora de História, natural de São Paulo capital, em plena posse de minhas faculdades mentais venho publicamente declarar:
1 - Autorizo a doação de todos os meus órgãos e tecidos para fins de transplante após constatada minha morte encefálica.
2 - Autorizo o fim do suporte artificial à minha vida caso eu seja diagnosticada com morte encefálica ou estado de coma prolongado e considerado irreversível.
3 - Autorizo a retirada de amostras de meus corpo para pesquisas científicas, não porém a totalidade de meus restos mortais, que devem, se possível, ser cremados.
4 - Autorizo a retirada de meus órgãos, tecidos e gametas para quaisquer fins, a depender da conveniência, consultadas futuras declarações pessoais e a vontade de meus descendentes, se houver.
5 - Autorizo a manutenção em estado de animação suspensa de parte ou da totalidade do meu corpo, a depender da conveniência e consultadas futuras declarações pessoais, para fins de ressuscitação futura.
6 - Lego às seguintes pessoas, nesta ordem, na circunstância de minha inconsciência, interdição ou incapacidade; minha guarda, a tutoria de meus filhos e bens pessoais, de todos os assuntos do meu interesse, e as decisões concernentes aos meus restos mortais (na ausência de prole própria ou em sua incapacidade): Maria José Tomasella, Romeu Marinho Cardona Ubeda, James Pio do Nascimento Seixas de Carvalho, Ana Letícia Santos, Gisele Rani Martins.
7 - Desautorizo expressamente as seguintes pessoas a tomarem qquer decisão concernente ao aqui exposto: Regina Ramos, José Roberto Ramos (e qquer parente seu) e Cristhiane Ramos. Desautorizo q em meu falecimento ou incapacidade a guarda de minha prole ou minha herança sejam legados a Regina Ramos ou José Roberto Ramos (e qquer parente seu).
Fernanda S. Ramos
P.S. :Tenho "firma aberta" (assinatura reconhecida para fins legais) no cartório do Butantã, à avenida Vital Brasil, São Paulo-SP. Adicionei a este texto minha assinatura, embora tremida, foi o melhor q consegui fazer com apps de doodle, mas creio q será possível, com ela, validar estes documentos no futuro.)
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Em resposta às diretrizes de privacidade e direitos autorais do Facebook, Google, Blogger, Twitter, Instagram e/ou qquer rede social ou site do qual participe, venho por meio desta declarar que são meus os direitos autorais sobre todos os meus detalhes pessoais, escritos - publicados ou não, pessoais ou profissionais, fotos ou vídeos e afins (conforme a convenção de Berna). Para uso comercial do supracitado é necessário meu consentimento por escrito em cada ocasião. Pelo presente comunicado notifico ao Facebook, Google, Blogger, Twitter, Instagram e/ou qquer rede social ou site do qual participe, que estão proibidos de divulgar, copiar, distribuir, disseminar, ou tomar qualquer atitude contrária a mim com base neste perfil e seu conteúdo. As ações proibidas supracitadas também se aplicam a funcionários, estudantes, agentes ou qualquer empregado sob a direção ou controle do Facebook, Google, Blogger, Twitter, Instagram e/ou qquer rede social ou site do qual participe. O conteúdo de todos os meus perfis, feeds, blogs e sites é privado e suas informações são confidenciais. A violação da minha privacidade é punível pela lei (UCC 1 1-308-308 1-103 e no Estatuto de Roma).
In response to all privacy and copyright guidelines of Facebook, Google, Blogger, Twitter, Instagram and/or any social network or website in wich I take part, I hereby declare that my copyright is attached to all of my personal details, writing - published and unpublished, personal/professional photos and videos, etc. (as a result of the Berne Convention). For commercial use of the above my written consent is needed at all times! By the present communiqué, I notify Facebook, Google, Blogger, Twitter, and/or any social network or website in wich I take part, that it is strictly forbidden to disclose, copy, distribute, disseminate, or take any other action against me on the basis of this profile and/or its contents. The aforementioned prohibited actions also apply to all employees, students, agents and/or any staff under Facebook's, Google's, Blogger's, Twitter's, Instagram's and/or any social network or website in wich I take part, direction or control. The content of all my profiles, feeds, blogs and sites is private and confidential information. The violation of my privacy is punished by law (UCC 1 1-308-308 1-103 and the Rome Statute).
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Disposições para a ocasião de meu falecimento (Testamento e doação de órgãos).
Eu, Fernanda Ramos, brasileira, solteira, professora de História, natural de São Paulo capital, em plena posse de minhas faculdades mentais venho publicamente declarar:
1 - Autorizo a doação de todos os meus órgãos e tecidos para fins de transplante após constatada minha morte encefálica.
2 - Autorizo o fim do suporte artificial à minha vida caso eu seja diagnosticada com morte encefálica ou estado de coma prolongado e considerado irreversível.
3 - Autorizo a retirada de amostras de meus corpo para pesquisas científicas, não porém a totalidade de meus restos mortais, que devem, se possível, ser cremados.
4 - Autorizo a retirada de meus órgãos, tecidos e gametas para quaisquer fins, a depender da conveniência, consultadas futuras declarações pessoais e a vontade de meus descendentes, se houver.
5 - Autorizo a manutenção em estado de animação suspensa de parte ou da totalidade do meu corpo, a depender da conveniência e consultadas futuras declarações pessoais, para fins de ressuscitação futura.
6 - Lego às seguintes pessoas, nesta ordem, na circunstância de minha inconsciência, interdição ou incapacidade; minha guarda, a tutoria de meus filhos e bens pessoais, de todos os assuntos do meu interesse, e as decisões concernentes aos meus restos mortais (na ausência de prole própria ou em sua incapacidade): Maria José Tomasella, Romeu Marinho Cardona Ubeda, James Pio do Nascimento Seixas de Carvalho, Ana Letícia Santos, Gisele Rani Martins.
7 - Desautorizo expressamente as seguintes pessoas a tomarem qquer decisão concernente ao aqui exposto: Regina Ramos, José Roberto Ramos (e qquer parente seu) e Cristhiane Ramos. Desautorizo q em meu falecimento ou incapacidade a guarda de minha prole ou minha herança sejam legados a Regina Ramos ou José Roberto Ramos (e qquer parente seu).
Fernanda S. Ramos
P.S. :Tenho "firma aberta" (assinatura reconhecida para fins legais) no cartório do Butantã, à avenida Vital Brasil, São Paulo-SP. Adicionei a este texto minha assinatura, embora tremida, foi o melhor q consegui fazer com apps de doodle, mas creio q será possível, com ela, validar estes documentos no futuro.)
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sábado, 8 de dezembro de 2012
Porque escrevo este blog
É possível q grande parte das pessoas q leêm os textos do meu blog não compreendam o q me motiva a escrever. Os esclarecerei.
1 - Desabafar.
Quando comecei a escrever isso não estava lá muito claro. A princípio, queria divulgar textos legais, poesias, músicas, e até receitas q não queria perder. Depois comecei a escrever sobre minhas experiências como professora, refletindo sobre as coisas q me aconteciam, os problemas q enfrentava, as histórias de meus alunos.
Percebi q escrever me ajudava psicologicamente. Q ao colocar essas coisas "pra fora" eu ficava aliviada. O assunto meio q "parava de incomodar tanto". Ao escrever, fixando fatos e pensamentos, eu descarregava as emoções q esses assuntos me traziam, e passava a vê-los de forma mais "distanciada" ou "bem resolvida".
Acontecia de um "causo" de determinado aluno, ou uma efeméride q me envolvia privar-me do sono, circulando continuamente em meus pensamentos, até q eu escrevia um texto sobre isso e a questão parava de me incomodar.
Quase como se ao "dar upload" a uma memória, eu a pudesse remanejar para meu "arquivo morto" mental e então "colocar uma pedra sobre o assunto", uma vez q sobre ele já escrevi, refleti; e quando o quiser revisitar, estará na ponta dos dedos.
Ao escrever sobre meu presente e perceber q isso me fazia bem, tive a idéia q nos leva ao segundo motivo q me faz escrever.
2 - Divulgar meu testemunho de época.
Como historiadora conheço o valor e a importância de documentos de época. E não apenas são documentos de época "textos oficiais", jornais, livros. Tb são matéria-prima da História diários, cartas pessoais, declarações, testamentos, depoimentos. São instrumentos fundamentais para o estudo da História das Idéias, da Mentalidade, do Cotidiano.
Ao relatar minhas impressões sobre a vida, elas podem até não ser relevantes ou "impressionantes" hoje. Mas daqui a 200 anos este blog pode ser um documento muito útil para pesquisadores estudarem a vida neste princípio do século XXI. Meu testemunho pode parecer enfadonho hoje, mas pode ser muito interessante conforme os séculos passam.
Outra questão subjacente é o fazer-me conhecer por meus descendentes: netos, trinetos, tataranetos, q não virei a conhecer. Isso visando procurei escrever também sobre meus antepassados, citando nomes e lugares, para q no futuro minha descendência saiba sua origem.
Busquei na memória e fiz pesquisa com minha avó para q ela me contasse mais detalhes sobre estes fatos pregressos q se passaram em sua infância, e os relatei o mais fielmente possível. Se não tivesse lhe perguntado esses fatos morreriam com ela. Se eu não tomasse a iniciativa de os eternizar por escrito, no futuro os descendentes dos Bianchetti, Pilon, Gonçalves, Alves, Reiter, Ignácio, Novais, Silva, Tomasella, Ramos, Alencar, Massuella, jamais saberiam de q forma essas famílias se uniram e aparentaram-se. Eu tenho a convivência com minha avó Tula q seus demais descendentes não têm, portanto apenas eu posso tomar o depoimento diretamente de sua testemunha ocular, e assim preservar a História Oral e as tradições da família. As quais "morreriam" se eu não as escrevesse.
3 - Publicar ensaios e reflexões.
Há pelo menos 9 anos participo ativamente de comunidades virtuais de debates teológicos. Comecei ainda nos tempos do Orkut com as comunidades Perguntas Cristãs Complicadas, Perguntas Cristãs Complexas, Religião & Vida (criminosamente deletada) e a Perguntas Cristãs Ridículas. Esta última, criei e moderava com muito prazer. Por sua causa dui excluída do Orkut, e passei a moderar a Bnei Noach - Filhos de Noé no Facebook.
Nenhum dinheiro no mundo seria capaz de pagar pelo treinamento q nessas comunidades tive sobre praticamente todos os aspectos da experiência humana. Como cheguei a participar de tudo isso vale o relato.
Sempre tive desde criança uma "sede" pelo transcendental. Apesar de nunca ter gostado de ir no centro espírita (o q vale outro texto), sentia um certo "comichão" q me levava a tentar me conectar e descobrir o q "havia além" deste mundo. Já na faculdade, ao aprender justamente sobre a importância dos documentos de época, me decidi a ler o mais fundamental deles. Também fui estimulada a isso pela presença no campus de missionários evangélicos americanos, do grupo "Alpha e Ômega". Queria com eles praticar e desenferrujar meu inglês. Mas o único assunto sobre o qual queriam conversar era "a Bíblia".
Não me fiz de rogada. Comprei uma boa tradução (a "Bíblia de Jerusalém") e li. Não li inteira, confesso. Pulei os profetas. Mas li todo o resto, Antigo e Novo Testamento. Acho q li uns 70% da Bíblia católica, mais extensa q a protestante e, obviamente, q o Tanach hebreu. Antes de começar a ler, dela tinha uma idéia superficial, preconceituosa. E talvez prosseguisse a ter essa visão não fosse minha formação como historiadora.
É um texto cru, sangrento, machista, xenófobo, violento. Retrata sacrifícios humanos, recomenda o genocídio completo dos cananeus, prescreve apedrejamentos, rituais sacrificiais, espalha o preconceito e afirma q a mulher é propriedade do marido. Completamente chocante.
Sim, chocante. Compreendido com os olhos de hoje. Porém, se analisado sob a perspectiva histórica, todos esses temas ganham outros matizes. O Antigo Testamento foi escrito na Idade do Bronze, por um povo de pastores nômades q tentava sobreviver no deserto, ameaçado por diversos poderosos impérios, e por eles escravizados.
Ao ler as Escrituras Hebraicas sob o prisma de sua historicidade, esses detalhes chocantes cessam de incomodar. Não há como exigir de um texto fixado há 2.500 anos conceitos como o respeito aos Direitos Humanos, Auto-determinação dos povos, liberdade de culto, igualdade entre os sexos. Seria um completo anacronismo, por exemplo, descartar a Bíblia por ser machista, uma vez q a Revolução Sexual, q tanto me beneficia, aconteceu há meros 50 anos.
Uma vez isso compreendido, outros temas do texto saltam aos olhos. O conceito de responsabilidade civil, de misericórdia, a prescrição de q o escravo deve ser libertado após 7 anos, ou q se for agredido ganha a liberdade, o respeito ao trabalhador, aos órfãos e viúvas, o respeito aos animais, a recomendação do perdão, a necessidade do devido processo legal, testemunhas e defesa num julgamento. O "amai ao próximo como a ti mesmo" (Levítico 19:18).
Assim analisado em todas as suas matizes, à luz da compreensão histórica, vemos q todos estes temas eram, em sua época, inéditos e revolucionários. Assim nos damos conta da profundidade da contribuição do povo hebreu para a construção do ethos e da práxis ocidentais. E pq nossa civilização não é "Ocidental", mas Judaico-Cristã-Ocidental.
E quanto mais eu lia, estudava, analisava, questionava esse texto, mais ele se engrandecia em significados e profundidade. Confesso: o q começou com a curiosidade de um passatempo ou oportunidade de agregar um "acessório intelectual" para poder debater teologia em grau profundo, tornou-se uma paixão quase obsessiva.
E quanto mais eu lia e debatia nessas comunidades virtuais, mais eu me interessava em saber mais. Foi assim q me direcionei aos estudos judaicos e comecei a ter algumas idéias, argumentos e mesmo "teses" teológicas próprias. Vi q os contendores de idéias católicos e evangélicos eram "fichinha". Q estudo realmente sério eu teria em sinagogas e yeshivás. E passei a investir nestes interlocutores, q realmente sabem do q estão falando, não espalham "achismos" nem "o q é loucura par os sábios" (1 Coríntios 1:23).
E assim comecei a produzir textos com meus modestos estudos, reflexões, questionamentos e afins sobre as Escrituras. Muitas vezes me surpreendi em pleno sábado à noite me deleitando em elaborar idéias entre o Mishnê Torah e o Moré HaNevuchim (Guia dos Perplexos)!
4 - Treinar a arte da escrita.
Ainda hoje não sei se levo muito jeito para professora. Também não sei muito ao certo se gostaria de trabalhar na iniciativa privada, tornar-me empreendedora, fazer uma conversão ortodoxa seguida de Aliyah, virar hippie e me mudar pra Alto Paraíso de Goiás, casar ou comprar ou comprar uma bicicleta.
Certa vez numa grave crise de identidade em plena noite insone passei horas me questionando sobre meu propósito nesta vida, e perguntei-me: "o q eu queria ser quando crescesse?". Só uma resposta me veio à lembrança. Sempre sonhei em um dia ser escritora. Lembrei-me das dúzias de cadernos q preenchia com fantasias quando era pré-adolescentes, dos lugares exóticos e nomes pitorescos q dava aos meus personagens. Das centenas de poemas q escrevi e mantenho bem guardadinhos, como trunfos na manga, para procurar uma editora num momento de desemprego.
Escrevendo neste blog não apenas eu atinjo todos os objetivos supracitados, como treino, refino, destilo, instilo, sofistico e lapido meu "chamamento literário". Percebo meus cacoetes. O uso do "q" e não "quê". Meus vícios de linguagem, pedantismos, auto-comiseração, auto-indulgência, omissões, senões e pontos fracos. Onde sou chata e onde pego direto no ponto. Treino a construção de imagens multi-sensoriais, com certa beleza poética.
Vou estudando a arte q nenhum mestre pode ensinar: como ser um observador arguto, perspicaz, e às vezes inclemente, de si mesmo, dos q me cercam, da sociedade e da cultura q nos produziu. E a reproduzir essas observações em apenas 27 caracteres, de forma bela e quiçá relevante.
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1 - Desabafar.
Quando comecei a escrever isso não estava lá muito claro. A princípio, queria divulgar textos legais, poesias, músicas, e até receitas q não queria perder. Depois comecei a escrever sobre minhas experiências como professora, refletindo sobre as coisas q me aconteciam, os problemas q enfrentava, as histórias de meus alunos.
Percebi q escrever me ajudava psicologicamente. Q ao colocar essas coisas "pra fora" eu ficava aliviada. O assunto meio q "parava de incomodar tanto". Ao escrever, fixando fatos e pensamentos, eu descarregava as emoções q esses assuntos me traziam, e passava a vê-los de forma mais "distanciada" ou "bem resolvida".
Acontecia de um "causo" de determinado aluno, ou uma efeméride q me envolvia privar-me do sono, circulando continuamente em meus pensamentos, até q eu escrevia um texto sobre isso e a questão parava de me incomodar.
Quase como se ao "dar upload" a uma memória, eu a pudesse remanejar para meu "arquivo morto" mental e então "colocar uma pedra sobre o assunto", uma vez q sobre ele já escrevi, refleti; e quando o quiser revisitar, estará na ponta dos dedos.
Ao escrever sobre meu presente e perceber q isso me fazia bem, tive a idéia q nos leva ao segundo motivo q me faz escrever.
2 - Divulgar meu testemunho de época.
Como historiadora conheço o valor e a importância de documentos de época. E não apenas são documentos de época "textos oficiais", jornais, livros. Tb são matéria-prima da História diários, cartas pessoais, declarações, testamentos, depoimentos. São instrumentos fundamentais para o estudo da História das Idéias, da Mentalidade, do Cotidiano.
Ao relatar minhas impressões sobre a vida, elas podem até não ser relevantes ou "impressionantes" hoje. Mas daqui a 200 anos este blog pode ser um documento muito útil para pesquisadores estudarem a vida neste princípio do século XXI. Meu testemunho pode parecer enfadonho hoje, mas pode ser muito interessante conforme os séculos passam.
Outra questão subjacente é o fazer-me conhecer por meus descendentes: netos, trinetos, tataranetos, q não virei a conhecer. Isso visando procurei escrever também sobre meus antepassados, citando nomes e lugares, para q no futuro minha descendência saiba sua origem.
Busquei na memória e fiz pesquisa com minha avó para q ela me contasse mais detalhes sobre estes fatos pregressos q se passaram em sua infância, e os relatei o mais fielmente possível. Se não tivesse lhe perguntado esses fatos morreriam com ela. Se eu não tomasse a iniciativa de os eternizar por escrito, no futuro os descendentes dos Bianchetti, Pilon, Gonçalves, Alves, Reiter, Ignácio, Novais, Silva, Tomasella, Ramos, Alencar, Massuella, jamais saberiam de q forma essas famílias se uniram e aparentaram-se. Eu tenho a convivência com minha avó Tula q seus demais descendentes não têm, portanto apenas eu posso tomar o depoimento diretamente de sua testemunha ocular, e assim preservar a História Oral e as tradições da família. As quais "morreriam" se eu não as escrevesse.
3 - Publicar ensaios e reflexões.
Há pelo menos 9 anos participo ativamente de comunidades virtuais de debates teológicos. Comecei ainda nos tempos do Orkut com as comunidades Perguntas Cristãs Complicadas, Perguntas Cristãs Complexas, Religião & Vida (criminosamente deletada) e a Perguntas Cristãs Ridículas. Esta última, criei e moderava com muito prazer. Por sua causa dui excluída do Orkut, e passei a moderar a Bnei Noach - Filhos de Noé no Facebook.
Nenhum dinheiro no mundo seria capaz de pagar pelo treinamento q nessas comunidades tive sobre praticamente todos os aspectos da experiência humana. Como cheguei a participar de tudo isso vale o relato.
Sempre tive desde criança uma "sede" pelo transcendental. Apesar de nunca ter gostado de ir no centro espírita (o q vale outro texto), sentia um certo "comichão" q me levava a tentar me conectar e descobrir o q "havia além" deste mundo. Já na faculdade, ao aprender justamente sobre a importância dos documentos de época, me decidi a ler o mais fundamental deles. Também fui estimulada a isso pela presença no campus de missionários evangélicos americanos, do grupo "Alpha e Ômega". Queria com eles praticar e desenferrujar meu inglês. Mas o único assunto sobre o qual queriam conversar era "a Bíblia".
Não me fiz de rogada. Comprei uma boa tradução (a "Bíblia de Jerusalém") e li. Não li inteira, confesso. Pulei os profetas. Mas li todo o resto, Antigo e Novo Testamento. Acho q li uns 70% da Bíblia católica, mais extensa q a protestante e, obviamente, q o Tanach hebreu. Antes de começar a ler, dela tinha uma idéia superficial, preconceituosa. E talvez prosseguisse a ter essa visão não fosse minha formação como historiadora.
É um texto cru, sangrento, machista, xenófobo, violento. Retrata sacrifícios humanos, recomenda o genocídio completo dos cananeus, prescreve apedrejamentos, rituais sacrificiais, espalha o preconceito e afirma q a mulher é propriedade do marido. Completamente chocante.
Sim, chocante. Compreendido com os olhos de hoje. Porém, se analisado sob a perspectiva histórica, todos esses temas ganham outros matizes. O Antigo Testamento foi escrito na Idade do Bronze, por um povo de pastores nômades q tentava sobreviver no deserto, ameaçado por diversos poderosos impérios, e por eles escravizados.
Ao ler as Escrituras Hebraicas sob o prisma de sua historicidade, esses detalhes chocantes cessam de incomodar. Não há como exigir de um texto fixado há 2.500 anos conceitos como o respeito aos Direitos Humanos, Auto-determinação dos povos, liberdade de culto, igualdade entre os sexos. Seria um completo anacronismo, por exemplo, descartar a Bíblia por ser machista, uma vez q a Revolução Sexual, q tanto me beneficia, aconteceu há meros 50 anos.
Uma vez isso compreendido, outros temas do texto saltam aos olhos. O conceito de responsabilidade civil, de misericórdia, a prescrição de q o escravo deve ser libertado após 7 anos, ou q se for agredido ganha a liberdade, o respeito ao trabalhador, aos órfãos e viúvas, o respeito aos animais, a recomendação do perdão, a necessidade do devido processo legal, testemunhas e defesa num julgamento. O "amai ao próximo como a ti mesmo" (Levítico 19:18).
Assim analisado em todas as suas matizes, à luz da compreensão histórica, vemos q todos estes temas eram, em sua época, inéditos e revolucionários. Assim nos damos conta da profundidade da contribuição do povo hebreu para a construção do ethos e da práxis ocidentais. E pq nossa civilização não é "Ocidental", mas Judaico-Cristã-Ocidental.
E quanto mais eu lia, estudava, analisava, questionava esse texto, mais ele se engrandecia em significados e profundidade. Confesso: o q começou com a curiosidade de um passatempo ou oportunidade de agregar um "acessório intelectual" para poder debater teologia em grau profundo, tornou-se uma paixão quase obsessiva.
E quanto mais eu lia e debatia nessas comunidades virtuais, mais eu me interessava em saber mais. Foi assim q me direcionei aos estudos judaicos e comecei a ter algumas idéias, argumentos e mesmo "teses" teológicas próprias. Vi q os contendores de idéias católicos e evangélicos eram "fichinha". Q estudo realmente sério eu teria em sinagogas e yeshivás. E passei a investir nestes interlocutores, q realmente sabem do q estão falando, não espalham "achismos" nem "o q é loucura par os sábios" (1 Coríntios 1:23).
E assim comecei a produzir textos com meus modestos estudos, reflexões, questionamentos e afins sobre as Escrituras. Muitas vezes me surpreendi em pleno sábado à noite me deleitando em elaborar idéias entre o Mishnê Torah e o Moré HaNevuchim (Guia dos Perplexos)!
4 - Treinar a arte da escrita.
Ainda hoje não sei se levo muito jeito para professora. Também não sei muito ao certo se gostaria de trabalhar na iniciativa privada, tornar-me empreendedora, fazer uma conversão ortodoxa seguida de Aliyah, virar hippie e me mudar pra Alto Paraíso de Goiás, casar ou comprar ou comprar uma bicicleta.
Certa vez numa grave crise de identidade em plena noite insone passei horas me questionando sobre meu propósito nesta vida, e perguntei-me: "o q eu queria ser quando crescesse?". Só uma resposta me veio à lembrança. Sempre sonhei em um dia ser escritora. Lembrei-me das dúzias de cadernos q preenchia com fantasias quando era pré-adolescentes, dos lugares exóticos e nomes pitorescos q dava aos meus personagens. Das centenas de poemas q escrevi e mantenho bem guardadinhos, como trunfos na manga, para procurar uma editora num momento de desemprego.
Escrevendo neste blog não apenas eu atinjo todos os objetivos supracitados, como treino, refino, destilo, instilo, sofistico e lapido meu "chamamento literário". Percebo meus cacoetes. O uso do "q" e não "quê". Meus vícios de linguagem, pedantismos, auto-comiseração, auto-indulgência, omissões, senões e pontos fracos. Onde sou chata e onde pego direto no ponto. Treino a construção de imagens multi-sensoriais, com certa beleza poética.
Vou estudando a arte q nenhum mestre pode ensinar: como ser um observador arguto, perspicaz, e às vezes inclemente, de si mesmo, dos q me cercam, da sociedade e da cultura q nos produziu. E a reproduzir essas observações em apenas 27 caracteres, de forma bela e quiçá relevante.
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Vinagrete / Molho a Campana
Ingredientes:
2 tomates
1 cebola
Meio pimentão
Meio maço de cheiro verde (salsa e cebolinha)
Vinagre
Sal
Azeite
Orégano
Modo de preparo:
Pique em cubos pequenos os tomates, a cebola e o pimentão.
Corte em pedaços pequenos o cheiro-verde. Misture tudo.
Tempere a gosto com vinagre, sal, azeite e orégano.
Sirva acompanhando salada de folhas verdes, pastel ou churrasco.
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quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
Vale realmente a pena ter filhos?
Como toda mulher, fui criada numa sociedade q, a despeito de sua pós-modernidade, sempre me disse q a "verdadeira felicidade" é obtida num enlace romântico q frutifique em filhos. Mesmo q as mulheres sejam estimuladas a estudar e ter uma profissão, isso ainda é encarado como um "plus a mais" a complementar a realização familiar. Fica subjacente q ser uma profissional é um "acessório" do qual a mulher pode prescindir. Já o tornar-se mãe e esposa seria condição sine qua non para ela se sentir "realizada".
Por muitos anos ecoei internamente essa forma de pensar, e também eu achava q minha mais importante missão na vida seria encontrar "o pai dos meus filhos", com ele casar e constituir família. O mais rápido possível. Por algumas vezes achei, quando mais jovem, ter encontrado "meu par ideal", e fosse menos responsável, poderia ter engravidado para já me adiantar, "segurar o namorado" e forçar um compromisso q assegurasse meu futuro.
Porém, se há algo q aprendi com Regina, q meu deu à luz, foi a não sair engravidando sem ter condições de manter meus filhos. Muito eu sofri por ter sido abandonada, criada por meus avós, sem pai nem mãe. Eu jamais faria um filho meu passar por isso, portanto sempre tive muito claro comigo q um filho não deve ser gerado "com um objetivo", seja ele sair da casa dos pais, amarrar um namorado ou mesmo "recomeçar". Para Regina engravidar era um instrumento para atingir um objetivo imediato. Como seria o futuro da criança, não vinha ao caso. Nunca pretendi reproduzir sua irresponsabilidade, q devastou não só sua vida, como a minha, de minhas irmãs e meus avós.
Mesmo assim segui sonhando em "cumprir meu papel de mulher", cuja realização final é ter ao menos 1 filho. Porém algumas coisas me fizeram repensar completamente meus planos.
Quando me mudei para Rio Claro vi q minha vizinha de muro, S, tinha essa vida aparente de comercial de margarina. Casada, com uma filha saudável e loirinha, e outra nasceu no intervalo no qual aqui estou morando. Quem observa essa família do portão pra fora acha q eles têm "a família perfeita e feliz" e q S provavelmente "realizou todos os seus sonhos".
Porém, devido ao muro baixo q separa minha casa da dela, eu sei q isso nada mais é q ilusão. S odeia sua vida. Maltrata suas filhas. Grita com seu marido por qquer motivo, às vezes madrugada adentro. Já a ouvi diversas vezes gritar, exasperada, deseducando suas meninas, destratando-as, já a ouvi chamá-las de retardadas, bater nelas mesmo ainda bem pequenas, ameaçar separar- se do marido aos berros mais de meia noite, sem nenhuma consideração ou reflexão de que seus barracos, mais do q incomodar aos vizinhos, traumatizam às pequenas.
Com essa experiência comecei a questionar-me se realmente valia a pena casar-me e ter filhos. Pois, não fosse o muro baixo e os altos decibéis da histeria de S, provavelmente eu acharia q ela tem uma vida idílica e uma família feliz. E, assim sendo, talvez as outras famílias e pessoas q eu acho q são felizes, talvez eu só o ache por não ser exposta às suas brigas e desabafos.
Tenho já a esta altura da minha vida vários amigos da minha idade q são casados e têm filhos. Vistos do portão pra fora, ou em datas marcadas e festivas, parecem todos tão felizes quanto a família de S parece ser aos demais vizinhos. Por mais intimidade q eu tenha com meus amigos, ela quase nunca chega ao ponto de eu poder diretamente perguntar se eles realmente são felizes ou se tal é só fachada.
Às vezes acontece de um casal q eu tinha certeza de ser sólido e "para toda a a vida" de repente se separar. Este ano mesmo vi como uma aparente harmonia pode ser dissolvida inadvertidamente. Um casal de amigos queridos, casados há 10 anos, com 2 filhas, que pareciam muito felizes e se entender muito bem, se separou. Há menos de 1 ano estive na casa deles, e pareciam estar muito bem, muito felizes, estáveis e com projetos para o futuro. Sua união de longa data era um dos motivos para eu ainda crer em "casamentos felizes" até q, recentemente, descobri q se separaram. Perceber q há menos de 1 anos eles não davam nenhuma mostra de o casamento estar "balançado" ou "por um fio" e q num intervalo tão curto sua união degringolou meio q minou minha esperança de um dia ter uma união realmente estável, na qual valha a pena receber filhos.
Outra variável a se considerar antes de ter um filho é a questão financeira. Criar um filho até o fim da faculdade custa em torno de 200 mil reais. A cifra assim crua parece exagerada. Mas não. A conta a seguir talvez os convença: se uma mãe despender ou um pai pagar "pensão alimentícia" de 1 salário mínimo mensal, no valor aproximado de 600 reais (o q apenas assegura a sobrevivência, sem "luxos" como viagens e escolas particulares), os gastos totalizarão 7.200,00 reais anuais. Esse valor ao longo de 24 anos totaliza 172.800,00 . Simples e assustador assim.
Durante toda minha vida jamais recebi pensão alimentícia do lado paterno, então aprendi a não contar com isso e q os homens, de forma geral, não são de confiança. Portanto sempre tive firme na cabeça a noção de q por melhor, mais amoroso, ou por mais "bom partido" q parecesse meu amantíssimo namorado da ocasião, seria grande a possibilidade de eu no futuro me ver sozinha com meus filhos para criar, sem poder contar com nenhum amparo material do pai das crianças. Como simplesmente deixar meus filhos para trás para serem criados por outros parentes sempre esteve fora de questão para mim, sempre tive fixa a noção q antes de ter filhos era necessário q eu fosse mulher suficiente, adulta o suficiente, ter dinheiro suficiente, para eu mesma ser capaz de, sozinha, prover um lar estável pra minha prole.
O problema é q ainda hj, q já sou licenciada e bacharel, efetiva e concursada, não me sobram 600 reais livres, q eu despenderia se já tivesse um filho. Portanto ainda hj, às vésperas de completar 30 anos, ainda não tenho condições de sustentar um filho a contento, sem q ele e eu tenhamos q passar "vontades" ou mesmo privações. E sinceramente não sei se ainda em minha idade fértil me verei financeiramente estável o suficiente para me permitir engravidar sem, já ao receber o resultado positivo, começar a me sentir em dívida e aquém do q deveria diante da vida em projeto, cuja realização desde o princípio me parecerá além do q sou capaz.
Pensando assim, vejo q se tivesse filhos, teria q trabalhar muito mais horas do q realmente gostaria ou estou disposta. Se eu não chegar a ter filhos, talvez nunca seja obrigada a cumprir a carga horária completa. Economizando este salário mínimo mensal eu poderia me manter trabalhando apenas meio período. Pois eu, sozinha, posso aceitar me privar de uma série de "luxos". Porém se tivesse filhos, não ficaria tranquila em privá-los de viagens, aulas de ballet, judô, inglês, violino, auto-escola, e tudo o mais q é de se esperar q um filho da classe média tenha acesso.
A última questão problemática q citarei, a se ponderar antes de trazer uma nova vida ao mundo, é o quanto a chegada de uma criança transforma, inegociavelmente, a vida de uma pessoa. Para uma mulher a primeira preocupação é a transformação q seu corpo sofre durante a gestação. Por mais q romantizemos a maternidade, todas temos ojeriza às estrias, quilos extras, à idéia assustadora do parto, aos seios caídos, e à quase certeza de q nosso corpo jamais voltará a ser como era antes.
A isso é necessário somar q a chegada de um bebê revoluciona a relação do casal, acaba com sua privacidade, as noites tranqüilas de sono, as saídas com os amigos, as viagens despreocupadas. É muito frequente q o pai/marido, se vendo relegado ou substituído pela relação mãe/bebê, não "aguente o tranco" e pule fora; ou ao perceber q a sílfide com a qual casou agora é uma matrona queira outras aventuras, mais leves, sem cobranças e q não envolvem cocô, leite nem choro em plena madrugada a fio.
Tenho muita vontade e gostaria de ter filhos. Se eu tivesse uma pródiga situação financeira, e me sobrasse muito dinheiro todo mês, talvez a esta altura eu já os tivesse. Sinto falta de cuidar de alguém e ser recebida ao chegar em casa com um abraço e um sorriso de uma pessoinha para quem eu sou o mundo inteiro. Mas eu jamais colocaria uma criança no mundo de forma irresponsável e egoísta, sem ter de antemão assegurado q serei capaz, ao fim e ao cabo, de sustê-la, amá-la e prover-lhe todo o necessário, e muito mais q o estritamente necessário.
Ainda não tenho filhos por já amá-los e pensar responsavelmente sobre qual seria seu futuro antes mesmo de eles nascerem. Ainda não tenho filhos pois eu jamais me perdoaria se os fizesse passar por todo o sofrimento e desarranjo q sofri.
Conforme o tempo vai passando e me vejo amadurecer, cada vez mais percebo a seriedade da responsabilidade de ter um filho, todas as variáveis complexas nisso envolvidas, toda a dedicação q para isso exigirei de mim mesma. E assim vou deixando a questão em suspenso. Como ainda sou jovem e a Medicina cada vez mais avança, acho q ainda tenho mais 20 anos para decidir. E, sinceramente, acho q para mim seria muito melhor engravidar à beira dos 50 do q hj, à beira dos 30.
Veremos!
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Por muitos anos ecoei internamente essa forma de pensar, e também eu achava q minha mais importante missão na vida seria encontrar "o pai dos meus filhos", com ele casar e constituir família. O mais rápido possível. Por algumas vezes achei, quando mais jovem, ter encontrado "meu par ideal", e fosse menos responsável, poderia ter engravidado para já me adiantar, "segurar o namorado" e forçar um compromisso q assegurasse meu futuro.
Porém, se há algo q aprendi com Regina, q meu deu à luz, foi a não sair engravidando sem ter condições de manter meus filhos. Muito eu sofri por ter sido abandonada, criada por meus avós, sem pai nem mãe. Eu jamais faria um filho meu passar por isso, portanto sempre tive muito claro comigo q um filho não deve ser gerado "com um objetivo", seja ele sair da casa dos pais, amarrar um namorado ou mesmo "recomeçar". Para Regina engravidar era um instrumento para atingir um objetivo imediato. Como seria o futuro da criança, não vinha ao caso. Nunca pretendi reproduzir sua irresponsabilidade, q devastou não só sua vida, como a minha, de minhas irmãs e meus avós.
Mesmo assim segui sonhando em "cumprir meu papel de mulher", cuja realização final é ter ao menos 1 filho. Porém algumas coisas me fizeram repensar completamente meus planos.
Quando me mudei para Rio Claro vi q minha vizinha de muro, S, tinha essa vida aparente de comercial de margarina. Casada, com uma filha saudável e loirinha, e outra nasceu no intervalo no qual aqui estou morando. Quem observa essa família do portão pra fora acha q eles têm "a família perfeita e feliz" e q S provavelmente "realizou todos os seus sonhos".
Porém, devido ao muro baixo q separa minha casa da dela, eu sei q isso nada mais é q ilusão. S odeia sua vida. Maltrata suas filhas. Grita com seu marido por qquer motivo, às vezes madrugada adentro. Já a ouvi diversas vezes gritar, exasperada, deseducando suas meninas, destratando-as, já a ouvi chamá-las de retardadas, bater nelas mesmo ainda bem pequenas, ameaçar separar- se do marido aos berros mais de meia noite, sem nenhuma consideração ou reflexão de que seus barracos, mais do q incomodar aos vizinhos, traumatizam às pequenas.
Com essa experiência comecei a questionar-me se realmente valia a pena casar-me e ter filhos. Pois, não fosse o muro baixo e os altos decibéis da histeria de S, provavelmente eu acharia q ela tem uma vida idílica e uma família feliz. E, assim sendo, talvez as outras famílias e pessoas q eu acho q são felizes, talvez eu só o ache por não ser exposta às suas brigas e desabafos.
Tenho já a esta altura da minha vida vários amigos da minha idade q são casados e têm filhos. Vistos do portão pra fora, ou em datas marcadas e festivas, parecem todos tão felizes quanto a família de S parece ser aos demais vizinhos. Por mais intimidade q eu tenha com meus amigos, ela quase nunca chega ao ponto de eu poder diretamente perguntar se eles realmente são felizes ou se tal é só fachada.
Às vezes acontece de um casal q eu tinha certeza de ser sólido e "para toda a a vida" de repente se separar. Este ano mesmo vi como uma aparente harmonia pode ser dissolvida inadvertidamente. Um casal de amigos queridos, casados há 10 anos, com 2 filhas, que pareciam muito felizes e se entender muito bem, se separou. Há menos de 1 ano estive na casa deles, e pareciam estar muito bem, muito felizes, estáveis e com projetos para o futuro. Sua união de longa data era um dos motivos para eu ainda crer em "casamentos felizes" até q, recentemente, descobri q se separaram. Perceber q há menos de 1 anos eles não davam nenhuma mostra de o casamento estar "balançado" ou "por um fio" e q num intervalo tão curto sua união degringolou meio q minou minha esperança de um dia ter uma união realmente estável, na qual valha a pena receber filhos.
Outra variável a se considerar antes de ter um filho é a questão financeira. Criar um filho até o fim da faculdade custa em torno de 200 mil reais. A cifra assim crua parece exagerada. Mas não. A conta a seguir talvez os convença: se uma mãe despender ou um pai pagar "pensão alimentícia" de 1 salário mínimo mensal, no valor aproximado de 600 reais (o q apenas assegura a sobrevivência, sem "luxos" como viagens e escolas particulares), os gastos totalizarão 7.200,00 reais anuais. Esse valor ao longo de 24 anos totaliza 172.800,00 . Simples e assustador assim.
Durante toda minha vida jamais recebi pensão alimentícia do lado paterno, então aprendi a não contar com isso e q os homens, de forma geral, não são de confiança. Portanto sempre tive firme na cabeça a noção de q por melhor, mais amoroso, ou por mais "bom partido" q parecesse meu amantíssimo namorado da ocasião, seria grande a possibilidade de eu no futuro me ver sozinha com meus filhos para criar, sem poder contar com nenhum amparo material do pai das crianças. Como simplesmente deixar meus filhos para trás para serem criados por outros parentes sempre esteve fora de questão para mim, sempre tive fixa a noção q antes de ter filhos era necessário q eu fosse mulher suficiente, adulta o suficiente, ter dinheiro suficiente, para eu mesma ser capaz de, sozinha, prover um lar estável pra minha prole.
O problema é q ainda hj, q já sou licenciada e bacharel, efetiva e concursada, não me sobram 600 reais livres, q eu despenderia se já tivesse um filho. Portanto ainda hj, às vésperas de completar 30 anos, ainda não tenho condições de sustentar um filho a contento, sem q ele e eu tenhamos q passar "vontades" ou mesmo privações. E sinceramente não sei se ainda em minha idade fértil me verei financeiramente estável o suficiente para me permitir engravidar sem, já ao receber o resultado positivo, começar a me sentir em dívida e aquém do q deveria diante da vida em projeto, cuja realização desde o princípio me parecerá além do q sou capaz.
Pensando assim, vejo q se tivesse filhos, teria q trabalhar muito mais horas do q realmente gostaria ou estou disposta. Se eu não chegar a ter filhos, talvez nunca seja obrigada a cumprir a carga horária completa. Economizando este salário mínimo mensal eu poderia me manter trabalhando apenas meio período. Pois eu, sozinha, posso aceitar me privar de uma série de "luxos". Porém se tivesse filhos, não ficaria tranquila em privá-los de viagens, aulas de ballet, judô, inglês, violino, auto-escola, e tudo o mais q é de se esperar q um filho da classe média tenha acesso.
A última questão problemática q citarei, a se ponderar antes de trazer uma nova vida ao mundo, é o quanto a chegada de uma criança transforma, inegociavelmente, a vida de uma pessoa. Para uma mulher a primeira preocupação é a transformação q seu corpo sofre durante a gestação. Por mais q romantizemos a maternidade, todas temos ojeriza às estrias, quilos extras, à idéia assustadora do parto, aos seios caídos, e à quase certeza de q nosso corpo jamais voltará a ser como era antes.
A isso é necessário somar q a chegada de um bebê revoluciona a relação do casal, acaba com sua privacidade, as noites tranqüilas de sono, as saídas com os amigos, as viagens despreocupadas. É muito frequente q o pai/marido, se vendo relegado ou substituído pela relação mãe/bebê, não "aguente o tranco" e pule fora; ou ao perceber q a sílfide com a qual casou agora é uma matrona queira outras aventuras, mais leves, sem cobranças e q não envolvem cocô, leite nem choro em plena madrugada a fio.
Tenho muita vontade e gostaria de ter filhos. Se eu tivesse uma pródiga situação financeira, e me sobrasse muito dinheiro todo mês, talvez a esta altura eu já os tivesse. Sinto falta de cuidar de alguém e ser recebida ao chegar em casa com um abraço e um sorriso de uma pessoinha para quem eu sou o mundo inteiro. Mas eu jamais colocaria uma criança no mundo de forma irresponsável e egoísta, sem ter de antemão assegurado q serei capaz, ao fim e ao cabo, de sustê-la, amá-la e prover-lhe todo o necessário, e muito mais q o estritamente necessário.
Ainda não tenho filhos por já amá-los e pensar responsavelmente sobre qual seria seu futuro antes mesmo de eles nascerem. Ainda não tenho filhos pois eu jamais me perdoaria se os fizesse passar por todo o sofrimento e desarranjo q sofri.
Conforme o tempo vai passando e me vejo amadurecer, cada vez mais percebo a seriedade da responsabilidade de ter um filho, todas as variáveis complexas nisso envolvidas, toda a dedicação q para isso exigirei de mim mesma. E assim vou deixando a questão em suspenso. Como ainda sou jovem e a Medicina cada vez mais avança, acho q ainda tenho mais 20 anos para decidir. E, sinceramente, acho q para mim seria muito melhor engravidar à beira dos 50 do q hj, à beira dos 30.
Veremos!
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