O principal motivo: o personagem do protagonista, que dá nome à série. Sua inteligência afiada, seu humor negro, sua liberdade cruel de expressão, seu desprezo generalizado pelas pessoas, sua falta de educação e de tato, sua teimosia, sua loucura e sua genialidade.
É maravilhoso vê-lo claudicar entre pensamentos distorcidos pela dor crônica e doses maciças de drogas controladas.
House é eficientíssimo, e isso lhe garante o apanágio de ir ao trabalho à hora que quiser, e ir pra casa à hora que quer, bater a porta na cara da sua chefe e sempre fazer insinuações sexuais a respeito dela, tratar sua equipe com a maior rudez e negligência de que é capaz, ser um f-d-p até com seu melhor amigo, o Dr. Wilson. Quem, no fundo, House gostaria de ser.
House não tem vida social, vida familiar, vida sexual. House tem colegas de trabalho, pacientes e uma drogadição tratada de forma muito interessante. Assim, sua vida afetiva, sexual e pq não mesmo familiar acabam ocorrendo dos corredores do hospital, muito bem-enroscados com as histórias dos pacientes. Certa vez, sem seu Vicodin, ele quase cortou ao meio uma menina de 6 anos por causa de uma doença que ela não tinha. Alertado por seu subordinado, deu-lhe um pesado soco a cara, que o derrubou. Culpa de House? Não, culpa do policial igualmente f-d-p que o deixara sem a droga de que ele tanto precisa.
Num mesmo episódio ele é capaz de chamar a um feto de “tumor” e “parasita” e depois numa cena tocante baseada num fato real, ficar sem palavras ou ações diante da diminuta mão que segura a sua como que pedindo para ser reconfortado, ou dizendo: “Eu estou vivo e conto com vc!”. O “feto” vira então um “bebê”.
House é maravilhoso. Os episódios estão repletos de reviravoltas dramáticas quando um novo (e normalmente nojento) sintoma se apresenta. Ele faz vc se identificar com todos: a compaixão de Cameron, o ar perdido de Chase, a ironia de Foreman.
Todo mundo é um pouco House. Só não é um pouco mais pq não tem a eficiência que lhe dá o apanágio de ser cru e verdadeiro. House não precisa medir palavras, pílulas ou ações pq ele sabe que é insusbstituível. Infelizmente, poucos de nós somos...
Algumas frases de House:
Todo mundo mente.
“Até fetos mentem.”
Preciso ir - o prédio está cheio de pessoas doentes. Se correr, talvez consiga evitá-los.
Se você fala com Deus você é religioso; se Deus fala com você, você é esquizofrênico!!!
Eu sou o diretor do departamento de doenças infecciosas, com dupla especialização em doenças infecciosas e nefrologia. Eu também sou o único doutor empregado nesse hospital que é obrigado a estar aqui contra sua vontade. Mas sem preocupações, afinal a maioria de vocês poderia ser tratado por um macaco com um frasco de analgésicos. E por falar nisso, vocês talvez vejam eu tomando comprimidos. É Vicodin, é meu, não é para vocês. E eu não tenho um problema com administração de dor, e sim um problema com dor. Mas quem sabe? Talvez eu esteja errado. Talvez eu esteja doidão demais para saber. Então, quem quer ser atendido por mim?
Perfeito, mas discordo que ele não tenha vida sexual. Pode não ter vida afetiva, sexual sim. Tanto é que vive envolto com prostitutas. Inclusive, outro dia ele reclamava com o novo chefe que a verba para elas estava pouca.
ResponderExcluirDr. House, muito bom!